terça-feira, 14 de outubro de 2014

Vanessa Bernauer: A suíça que virou dona do meio campo do Wolfsburg

Popp? Keßler? Goeßling? Não! A melhor jogadora do Wolfsburg no começo de temporada se chama Vanessa Bernauer. Essa jogadora suíça de 26 anos vive o auge de sua carreira, atuando no atual bicampeão da Alemanha e europeu.


Nascida em Zürich, em 1988, começou a jogar futebol aos 10 anos de idade na equipe do FC Bulach, de sua cidade natal. Filha do ex-jogador Daniel Bernauer, chegou aos 15 anos a equipe do FC Zurich, a mais forte dentro do cenário do futebol feminino da Suíça.


No Zurich, Vanessa ficou entre 2003 e 2010, faturando o tricampeonato nacional entre 2008 e 2010, além de uma Copa da Suíça em 2007. Em 2010, a jogadora aceitou uma proposta para atuar na liga espanhola feminina, especificamente na equipe do Levante, que passava por excelente momento na época.



Em três temporadas no Levante, ela fez 58 partidas e marcou 9 gols. Ao fim da temporada 2012/13, foi contratada pela equipe do BV Cloppenburg, recém promovido a Frauen Bundesliga.

Em uma temporada no Cloppenburg, 22 jogos e 5 gols, com boas atuações, mas que não impediram o rebaixamento da equipe. Ao fim da temporada, anunciou que deixaria o time, sendo contratada pelo Wolfsburg.



Sua contratação tinha um objetivo: ser uma suplente para Keßler e Goeßling, porém, suas boas atuações, substituindo hora uma, hora a outra, tem mostrando sua capacidade, evoluindo a cada jogo. Meia que além de marcar muito bem, sabe sair para o jogo, tanto que é a artilheira do Wolfsburg na Frauen Bundesliga com 4 gols. Além disso, é presença frequente na seleção da Suíça desde 2006 e titular absoluta da equipe que jogará o Mundial no Canadá ano que vem.

Vanessa Bernauer vem sendo "a cara" do Wolfsburg nesse início de temporada. Jogadora essencial no esquema de Ralf Kellermann, conhecido por apostar em jogadoras de pouco renome e que tem muito sucesso no futebol internacional. Espera-se que a suíça continue com suas boas atuações, buscando levar o Wolfsburg a mais títulos.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Frankfurt vacila e Wolfsburg consegue vitória magra em suas estreias na Uefa Women's Champions League

Ambas as equipes jogaram fora de casa ontem, em confrontos válidos pela fase de 16 avos de final do torneio.

O 1. FFC Frankfurt visitou o BIIK Kazygurt do Cazaquistão e não se deu muito bem, jogando no território cazaque. Empate por 2x2, marcaram para o clube alemão a espanhola Vero e a alemã Dzsenifer Marozsán. Na volta o time do sudoeste da Alemanha pode até empatar por 0x0 ou 1X1 que ainda assim garante vaga, pelos gols feitos fora de casa. Empate em 2x2 leva a decisão da vaga para prorrogação e empates a partir de 3x3 dão a vaga para o time cazaque.


O VfL Wolfsburg Frauenfußball conseguiu uma vitória apertada por 1x0 frente ao atual campeão norueguês, o Stabaek, jogando na Noruega. Gol feito pela sueca Nilla Fischer. Um empate simples, garante as bicampeãs do torneio na fase de oitavas de final.

A norueguesa Caroline Hansen foi cumprimentada pela autora do gol. Hansen fez seu primeiro jogo contra seu ex-clube.
Ambas as equipes jogarão a partida de volta no dia 16 desse mês.

Duisburg: Um gigante a beira da maior tragédia de sua história

O FCR Duisburg foi uma das mais vitoriosas e tradicionais equipes do futebol feminino na Alemanha. Campeã da Liga dos Campeões em 2009, três vezes campeã da Frauen Bundesliga e uma vez campeã da Pokal der Frauen.

Martina Voss, hoje treinadora da seleção da Suíça, levou o Duisburg ao título europeu em 2009.
O time também ficou conhecido por revelar grandes jogadoras para o futebol internacional. Inka Grings, Alexandra Popp, Linda Bresonik, Fatmire Alushi, Maren Meinert, Annike Krahn, entre muitas outras que tiveram muito sucesso tanto na seleção alemã como em clubes.

Em 2013 o clube decretou falência completa. O MSV Duisburg comprou o FCR e passou a gerir o futebol feminino, porém, os resultados não foram muito animadores.

Jennifer Oster está no Duisburg desde 2003. Participou da transição de FCR para MSV.
Na temporada 2013/14 da Frauen Bundesliga, o Duisburg terminou na 10ª colocação, no limite para não cair para a segunda divisão. A campanha foi a pior da equipe na história da competição.

Nessa temporada, o time se reforçou praticamente por completo. A treinadora, Inka Grings, ídola no passado como jogadora teria como missão levar novamente o time aos bons tempos, porém, não é isso que vem ocorrendo.

Em seis rodadas da competição, nenhum ponto. Apenas 1 gol marcado e 20 sofridos. O time em jogos oficiais só venceu uma partida, na Copa da Alemanha, contra o FFV Leipzig por 3x2. 

As perguntas que ficam são: a que se deve essa decadência de um dos clubes mais tradicionais da Alemanha? Com tantos bons reforços, qual o motivo para que o time ainda não tenha engrenado na competição? Má gestão, problemas no comando da equipe? 

O Duisburg está a beira da maior tragédia de sua história: o rebaixamento a segunda divisão. Caso ainda tenha esperança em tentar se salvar, precisa começar a vencer. O time precisará mais uma vez buscar a no sábado, dia 11, contra o Bayer Leverkusen, jogando fora de casa.